O dia 8 de maio na França é reservado para celebrar um evento muito diferente do nosso Dia das Mães aqui do Brasil. Os homenageados que recebem rosas neste dia são os combatentes da Segunda Guerra Mundial, em comemoração à “Fête de la Victoire de 1945”, que pode ser traduzida como a “Festa da Vitória de 1945”.
Mas antes, do que se trata a “Fête de la Victoire de 1945”? Veja bem, na versão resumida, basicamente é o dia que marca o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa. Pronto, é isso. No entanto, podemos ir mais a fundo em como a história aconteceu, então para os curiosos, senta que lá vem a história.
*vinheta de história de época
Depois de mais de cinco anos de conflito, o povo e o território europeu estavam devastados e desde de 1942 a Alemanha havia passado por derrotas e incursões que fizeram suas forças recuarem para a capital Berlim.
Quando finalmente as Forças Aliadas (França, Estados Unidos e Inglaterra) conseguem se infiltrar na Alemanha em fevereiro de 1945. Com a pressão da entrada das Forças Aliadas em seu território e consciente da derrota eminente, no final de abril de 1945, Adolf Hitler comete suicídio em seu bunker da Chancelaria de Berlim.
Dois dias depois, ao saber do ocorrido as tropas nazistas que defendiam a cidade se rendem. Na madrugada entre os dias 6 e 7 de maio, o Chefe-de-Estado maio de Wehrmacht, general Alfred Jodl, assina a rendição total da Alemanha.
A assinatura e o ato de rendição do terceiro Reich pelos comandos militares alemães e aliados marcam o fim oficial da guerra no continente europeu.
Foco neste grifo! Ao passo que a rendição alemã restaurou certa paz na Europa, as repercussões do conflito na Ásia ainda renderam eventos devastadores. Em agosto de 1945, o mundo testemunhou os efeitos brutais das bombas atômicas, com os bombardeios estado-unidenses contra Hiroshima e Nagazaki.
Somente após estes ataques que o imperador Hirohito anunciou a rendição do Japão em 155 de agosto de 1945. Outro evento, em 2 de setembro daquele ano, representou o fim oficial da guerra na Ásia. Foi a assinatura da rendição japonesa a bordo de um navio de guerra estado-unidense na Baía de Tóquio.
Feriado Itinerante
Até que os franceses pudessem ter o dia 8 de maio como feriado oficial houveram algumas reviravoltas. Vamos dizer que até o momento que o dia foi firmado como o único e oficial para o feriado, ele passou por algumas alterações e movimentações.
Em 1946, a Fête de la Victoire foi instaurada por lei, mas com a condição de que o feriado caísse num domingo. Aí complicou, porque a cada ano o dia da semana movimentava, então para estes casos o feriado era celebrado no primeiro domingo seguinte ao dia 8 de maio.
Por exemplo, se 8 de maio caísse numa quarta-feira, o feriado era celebrado no domingo seguinte que seria dia 10. Sim, tinha um pouco de matemática nesse feriado aí (risadas).
Até que em 1953, a pedido de idosos deportados e da resistência o feriado foi instituído precisamente para o dia 8 de maio. Porém, contudo, todavia, em 1959, parlamentares da 5ª República reavaliaram esta decisão e optaram por voltar a celebração para o segundo domingo de maio (sem a regrinha de cálculo do dia oito).
E a Fête de la Victoire não para! Em 1968, a data voltou a ser celebrado no dia 8 de maio, mas as atividades comerciais continuavam, não havia feriado. (Calma que já já a data vai quietar, mas não é agora).
Passados sete anos, em 1975, o presidente Valéry Giscard d’Estaing decidiu mudar totalmente a data para focar a celebração na ideia da reconciliação franco-alemã, que era chamado de Dia da Europa.
Somente em 1981 (agora vai), houve a alteração final que fixou definitivamente o dia 8 de maio como o dia oficial da Fête de la Victoire de 1945 como feriado nacional.
Deste então, no dia 8 de maio é costume que o presidente da República faça uma visita o símbolo de homenagem as tropas na Étoile, para reascender a chama sob o mausoléu dos Soldados indigentes e colocar uma coroa de flores.
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